A biotecnologia no campo – ciência a serviço do desenvolvimento

Escrito por Flávia Freitas

 

Desde inicialização do melhoramento genético de plantas e do cultivo de transgênicos no país, a administração da lavoura tem vivenciado muitos avanços. Responsável pela disponibilidade de alimentos na mesa de toda a população, pilar da produção e do desenvolvimento humano, a agricultura tem agora uma enorme diversidade de grãos, e o administrador das fazendas conta com a ciência na escolha da melhor variedade para as condições de plantio.

No Brasil, de acordo com estudos feitos pela Céleres, a estimativa para a plantação de transgênicos na safra 2015/2016 é de 44,2 milhões de hectares, dos quais 68,6% são de soja, 29,64% de milho e 1,8% de algodão. Para a safra de 2022/2023, a estimativa é que sejam cultivados 51,2 milhões de hectares com essas mesmas culturas.

As culturas geneticamente modificadas foram aceitas em 28 países. De toda a produção mundial de transgênicos, a maior parte concentra-se em cinco países, sendo que o Brasil ocupa o segundo lugar. Estados Unidos, Brasil, Argentina, e juntos Índia e Canadá responderam, em 2014, por 90% da área mundial plantada com sementes transgênicas, estimada em aproximadamente 180 milhões de hectares, com respectivos 39%, 25%, 14%, e 6% cada.

Hoje, o objetivo da produção transgênica vai além de obtenção de culturas que podem ter um maior rendimento quando comparada a convencional, resistentes a pragas e doenças, e adaptadas às mais distintas condições de solo e clima. Objetiva-se também a obtenção de plantas transgênicas mais ricas nutricionalmente e até com características terapêuticas.

Antes da autorização da comercialização de uma nova cultura transgênica, cientistas verificam a aplicabilidade da técnica e, além disso, a forma correta de manejo, que é fundamental para a durabilidade da tecnologia. A aplicação das recomendações do uso do material geneticamente modificado (GM) é essencial para se evitar perdas, como a que aconteceu aqui no Brasil na safra 2008/2009 milho, quando o manejo incorreto pôs em risco a tecnologia lançada na safra. Este risco poderia ter sido evitado, se a área de refúgio, a eficiência do milho em resistir aos ataques de pragas, tivesse sido feita conforme indicado pela CTNBio e distribuidores das sementes transgênicas.

A biotecnologia aliada a boas práticas de cultivo podem gerar grandes avanços na forma mundial de produção de alimentos, aumentando-se a qualidade das sementes, reduzindo-se impactos ambientais inerentes à agricultura e favorecendo a disponibilidade de alimentos.

 

Fontes de pesquisa

Dinheiro Rural

The Times of India

 

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Atualizado em: 5 de abril de 2019

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