O algodão é, sem dúvida, um dos principais produtos brasileiros tanto no mercado interno quando para exportação. Somente em 2016, foi registrado um crescimento de cerca de 20% da produção em relação ao ano anterior. E neste mesmo ano, as vendas de produto, em forma de pluma, chegaram a mais de 780 milhões de dólares entre janeiro e setembro, sendo que há perspectivas de melhora destas cifras até o final de 2017. Além de ser utilizado na indústria têxtil, o algodão é também bastante útil na produção alimentícia, por meio dos óleos de cozinha.
Esta expressividade produtiva poderia ser ainda maior se não fossem alguns gargalos, como por exemplo o ataque de pragas. Elas representam prejuízos expressivos todos os anos no Brasil na ordem de US$ 250 por hectare.
No entanto, há um alento: há uma série de investimentos em pesquisas que deverão propiciar o cultivo de algodão transgênico resistente ao bicudo do algodoeiro, uma das principais pragas.
Uma destas pesquisas, realizadas em conjunto entre várias instituições brasileiras do segmento, como a Embrapa, Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt), Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), poderá gerar dentro de no máximo 10 anos este produto especial.
As pesquisas deverão contar, somente nesta fase inicial, com mais de R$ 17 milhões nos próximos 5 anos, e consistem na utilização de bactérias específicas, que serão injetadas nas plantas de forma a produzir toxinas nocivas aos insetos. Outra fase consiste na exposição destas plantas a estes insetos, por um determinado período, como forma de experimento.
O bicudo do algodoeiro é uma praga que está há somente cerca de 30 anos no Brasil, e já é considerado um dos maiores problemas do setor por conta da sua capacidade reprodutiva.
Fonte:Embrapa