Introdução
As análises por PCR para detecção de transgênicos, identificação de espécies animais e vegetais, ou mesmo para precursores de alergênicos é realidade em várias empresas brasileiras de alimentos, rações ou insumos, principalmente para as exportadoras.
A tecnologia PCR tem várias aplicações e modificações, sendo que a PCR em tempo real, tem grande aceitação nos laboratórios analíticos para análises de detecção e de quantificação de diferentes alvos. Embora seja uma metodologia mais sofisticada e que exige maior preparo profissional do operador, ela foi bem aceita na maior parte dos laboratórios de ensaio. Isso muitas vezes acontece pelo fato de o resultado ser mais rápido e prático de ser atingido.
No entanto, a utilização do ensaio qualitativo muitas vezes é suficiente e pode ser mais interessante no controle de qualidade de insumos e produtos de indústrias de alimentos. Vamos apresentar por meio deste conteúdo possíveis cenários onde isso acontece.
Conceituando: PCR qualitativa x PCR quantitativa
A técnica de PCR, ou reação em cadeia da DNA polimerase, consiste em realizar in vitro o processo de replicação de DNA, mecanismo responsável para cópia de DNA em todas as células vivas. É uma técnica que permite que uma pequena região de uma molécula de DNA, um único gene, por exemplo, seja muitas vezes copiado por uma enzima, a DNA polimerase, em um processo denominado amplificação.
Uma variação do PCR convencional é a PCR RT – tempo real, que utiliza um sistema para detecção e quantificação de um sinal fluorescente no produto amplificado de DNA. Nesta técnica, o monitoramento dos novos produtos de PCR é feito a cada ciclo, durante toda corrida.
A PCR qualitativa acontece nos termocicladores convencionais e o resultado é interpretado após uma etapa denominada pós-PCR. Os resultados são expressos de forma qualitativa: presença ou ausência, macho ou fêmea, positivo ou negativo.
Já a PCR quantitativa acontece em termocicladores em tempo real, onde a amplificação pode ser acompanhada em tempo real. Os resultados são expressos de forma qualitativa e ainda pode-se estimar a quantidade do alvo, caso ele esteja presente.
A análise quantitativa é também qualitativa. Então porque não investir logo nela?
Isso mesmo! A análise quantitativa é também qualitativa, e é muito interessante em casos específicos. No entanto, é uma técnica que tem um valor agregado muito superior a análise qualitativa, uma vez que os materiais necessários são mais caros, além de demandar uma equipe técnica mais especializada.
Então, qual análise realmente preciso?
Se você está interessado em destinar sua produção a um mercado restrito onde a presença de determinado alvo já é restritivo ao processo de comercialização, a análise de detecção, ou qualitativa, é suficiente para você.
Por exemplo, alguns países da Europa e Ásia são estritamente restritos a entrada de produtos com determinadas modificações transgênicas. Nestes casos, independente do percentual, se é detectada a presença desse alvo em uma amostra, isso já é suficiente para que a produção seja rejeitada.
Analisemos a seguinte situação: existem alguns eventos transgênicos que são aprovados no Brasil mas não são aprovados na China. Se considerarmos as espécies soja e milho, são, respectivamente, 5 e 4 eventos nesta situação.
Dessa forma, a simples detecção, ou seja, a determinação da presença ou ausência destes eventos em uma determinada amostra será o suficiente para a definição estratégica da empresa quanto a comercialização para mercado externo.
Alguns destes eventos, embora sejam liberados, não são comercializados no Brasil, o que reduziria o número de análises necessárias para as empresas que consomem matérias primas somente nacionais. No entanto, é necessário que as empresas que compram material externo para processamento estejam sempre atentas a essas condições. Isso deve-se ao fato de que determinado material comprado de mercado externo pode conter algum evento que é permitido no Brasil e, portanto, pode ser recebido; mas que pode não ser permitido no país para o qual a empresa deseja exportar seu produto final, produzido a partir deste determinado material comprado no exterior.
Por outro lado, se você vai exportar para um país onde determinado evento transgênico é permitido até um determinado percentual (em constituição final), e você acredita que trabalha com material positivo para este evento, você deve mesmo conduzir uma análise quantitativa. Dessa forma, o seu resultado irá apresentar qual percentual positivo de determinada matriz em seu produto.
Por exemplo, o laboratório irá apresentar para você que X% do milho que você usa na constituição final de seu produto Y é OGM positivo para o alvo em análise. Com essa informação, a equipe de formulação poderá realizar um balanço de massa e verificar se, na constituição final do produto, o percentual positivo é aceito no mercado consumidor do produto.
Caso haja dúvidas sobre a presença do evento transgênico em questão, é interessante que se faça uma análise qualitativa previamente.
O mesmo se aplica em casos de determinação da presença de espécies animais em rações ou alimentos destinados a população vegana, entre outros.
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Na LaborGene realizamos análises de detecção de transgênicos em diferentes matrizes. As análises podem ser de três formas:
Qualitativa ou Screening geral. Tem como objetivo a detecção dos alvos 35S e NOS que são alvos presentes na maior parte das construções genéticas de transgênicos.
Quantificação de OGMs. Visa determinar qual o teor de contaminação transgênica no produto, em relação ao constituinte (milho ou soja).
IEE ou Identificação de evento específico: Análise que visa determinar qual o evento transgênico que está presente no produto em análise.
Realizamos também:
IEV ou Identificação de espécie vegetal: Análise que visa determinar a presença de material de origem vegetal, em diferentes matrizes. Amplamente utilizada para a detecção de alvos precursores de alergias (trigo e soja).
IEA ou Identificação de espécie animal: Análise que detecta alvos comuns em espécies animais. Amplamente aplicada na comprovação da autenticidade de alimentos, quanto a presença de espécies animais e de alvos que são precursores de alergênicos: bovinos, caprinos, bufalinos (leites) e galináceo (ovos).
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